Olha no cano sua numeração escrita
Sua morte tem um valor
É do preço de um projétil
Enferrujado pela dor
Desce o gosto do sangue na boca
Do congelado concreto você vê
Dá um suspiro num último momento
Perdendo sua alma em você
Derrete, esse ferro frio e sem razão!
Derrete, esse ferro frio e sem razão!
Olha seu corpo sendo arremessado
Se pergunte se tudo foi em vão?
Um saco preto já encaminhado
Para o gelado plantão
Como morreu, vários
Também foram ceifados
Pelo poder do cifrão
Cadáveres se tornam apenas estatísticas
Nesse mundo de ambição!
Derrete, esse ferro frio e sem razão!
Derrete, esse ferro frio e sem razão!